6 passos para compreender o Compliance Digital

Muito mais do que a migração do armazenamento de dados para a nuvem e as novas formas de trabalho, a inserção das organizações de forma mais aprofundada no ambiente digital desencadeou também o crescimento de novos riscos (como ciberataques e vazamento de dados sensíveis), levando as organizações a desenvolver um olhar mais atento à segurança digital e à forma como as operações estão sendo realizadas internamente.

Faz-se necessário, portanto, reforçar uma cultura organizacional em compliance, na qual haja também – além das questões éticas do dia a dia – a conscientização sobre todos os riscos que a falta de segurança e atenção no âmbito digital pode gerar nas organizações. Com as regras estabelecidas sendo cumpridas em todos os níveis dentro da organização, as operações se tornam mais fluidas e a segurança é resguardada. 

Conheça a seguir os 6 passos que preparamos no artigo de hoje, para compreender melhor como o Compliance Digital pode ajudar na prática.

Confira!

  1. Entenda o conceito de Compliance Digital

Estar em compliance significa estar em conformidade, relacionando-se com o ato de estar seguindo regras e leis, tanto internas quanto externas, além de outras práticas pertencentes à cultura organizacional. 

Partindo desse princípio, quando falamos em Compliance Digital, estamos nos referindo a todos os processos internos que são estabelecidos e implementados nas empresas com o intuito de levar os envolvidos a cumprir medidas relacionadas à tecnologia de informação, prezando pela segurança dos dados e informações armazenados no ambiente online.

  1. As legislações relacionadas ao uso da tecnologia precisam ser do conhecimento do time de Compliance

Da mesma forma que somos regidos por leis no cotidiano, para fazer uso da tecnologia é preciso cumprir normas e respeitar algumas regras básicas. 

A legislação mais comum e atual que aborda o uso da tecnologia é a Lei nº 13.709/2018, mais conhecida como LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que discorre sobre como as organizações devem se comportar com os dados e informações que dispõem, sejam eles dos seus colaboradores, clientes, investidores, entre outros.

Além dela, há outras leis importantes a serem consideradas, como por exemplo:

  • O Marco Civil da Internet (Lei nº 12.695/2014);
  • O Código de Defesa do Consumidor – CDC (Lei nº 8.078/1990);
  • O Decreto nº 7.962/2013 – Lei do E-commerce;
  • O Marco Legal das Startups (Lei Complementar nº 182/2021);

Há uma infinidade de decretos e legislações que se relacionam às organizações e ao ecossistema digital e, por conta disso, é necessário filtrar quais deles estão dentro da realidade do seu negócio.

  1. Conheça plenamente as tecnologias aplicadas ao seu negócio

No mercado atual, é quase impossível se deparar com uma empresa que não faça uso da tecnologia em seu negócio, mesmo que seja mínimo. Para possuir um site ou realizar vendas pela internet, já é preciso estar em conformidade com algumas regras acerca do uso da tecnologia. Até mesmo um formulário básico, liberado para pesquisas, precisa estar em conformidade com a LGPD.

E não apenas isto, mas é necessário entender como funcionam os sistemas e ferramentas digitais implementados nas operações da organização, a fim de que se entenda não apenas os riscos que apresentam, mas também o seu potencial de otimização de processos.

Partindo desse princípio, antes de afirmar que o Compliance Digital não precisa ser aplicado ao seu empreendimento, é indispensável uma análise mais aprofundada das operações e, em seguida, mapear todas as tecnologias, por mais simples que sejam. 

  1. Entenda que o Compliance Digital é aplicável a qualquer negócio

Quando estamos falando sobre a adoção de Compliance Digital, um questionamento que acaba surgindo é se essa prática é restrita a algumas empresas, como os e-commerces, ou é liberada para todos. 

Na realidade, qualquer organização, independentemente do seu porte, segmento de atuação no mercado e modelo de trabalho (seja remoto, híbrido ou presencial), pode e deve procurar estar em compliance – ou seja, em conformidade.

Partindo do princípio de que há tecnologias sendo utilizadas, há também a necessidade de aplicação do Compliance Digital. 

  1. Tenha conhecimento das vantagens que o Compliance Digital traz para seus negócios

Entender o conceito de Compliance e as leis que se relacionam ao uso da tecnologia é o passo inicial para compreender o Compliance Digital.

Entretanto, para  compreender de fato a sua importância, é preciso descobrir também  as vantagens que essa prática poderá trazer para a organização.

Veja como a sua empresa pode ser beneficiada por estas boas práticas:

  • Redução de riscos legais: quando a empresa passa a adotar protocolos oficiais para a o cumprimento de regras relacionadas à cibersegurança e incentiva os colaboradores a seguir esse conceito, a segurança se torna mais robusta e muitos riscos legais são minimizados.
  • Resolução de problemas de segurança: para garantir que todos os colaboradores estejam cumprindo as novas normas, é recomendado que sejam realizadas investigações internas, o que já permite identificar possíveis erros e problemas e adotar medidas para assegurar que não se repitam.
  • Imagem confiável (reputação elevada): a repercussão que as práticas de compliance digital geram para a empresa auxilia no estabelecimento de uma imagem positiva no mercado. A empresa passa a ser vista como exemplo de ética e responsabilidade e seu nome é valorizado;
  • Melhoria nas relações: as estratégias de Compliance Digital aumentam a transparência nas relações da organização com seus clientes, fornecedores, investidores e também colaboradores, tornando o ecossistema empresarial mais seguro e melhorando as relações de negócios.
  1. Lembre-se: Compliance Digital não é o mesmo que LGPD?

Enquanto o Compliance Digital é a prática guiada por normas para a proteção dos dados e uso da tecnologia dentro do ambiente organizacional e seu ecossistema digital, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é uma lei, ou seja, é um conjunto de regras importantes que as empresas devem se basear ao iniciar a jornada de entrar em conformidade.

Para sermos diretos, o compliance é a execução e a LGPD, assim como outros decretos, são a base de regulação das atividades e comportamentos.

Com o Compliance Digital, as organizações evoluem 

Alcançando a conformidade entre os seus processos, pessoas e tecnologias utilizadas, as empresas adquirem um diferencial competitivo importante no mercado, consolidando a sua reputação e atraindo novos negócios.

Mas, para chegar a esse ponto de melhoria, é importante que as verificações, mudanças e atualizações façam parte da rotina das organizações. É um processo com práticas contínuas, com o acompanhamento de todas as notícias acerca da proteção de dados pessoais e implementação de ferramentas de solução inteligentes. 

O serviço de consultoria da 360 Compliance conta com profissionais especializados na construção e manutenção de um programa de conformidade eficaz, englobando todas as etapas de elaboração. Para a realização de atividades pontuais como o desenvolvimento de códigos de conduta e análise de riscos, os clientes contam com o apoio de nossos profissionais a todo momento.

Entre em contato para saber mais!

Não deixe de seguir a 360 Compliance no Instagram, Facebook, Linkedin e YouTube, onde compartilhamos mais conteúdos práticos e atualizações sobre o universo de compliance.

Até o próximo artigo!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *