A utilização de incentivos para adesão ao programa de compliance deve fazer parte da estratégia para sua eficiência e efetividade. A cultura de compliance é promovida quando os atores da organização são julgados e/ou recompensados pelo desempenho positivo no âmbito do programa. Essa orientação se refere diretamente a uma tendência dos órgãos reguladores para a avaliação da efetividade.
A grande pergunta em relação aos incentivos é: eles funcionam? Incentivos, de fato, auxiliam a evitar desvios de conduta, ou estimulam as pessoas a agirem da forma correta e ética?
O entendimento comum de estudiosos sobre o tema indica que a mudança de hábito requer a mudança de reconhecimento e premiação. As pessoas de uma organização tendem a agir para serem reconhecidas.
A ideia aqui é que sistemas de promoção, compensação e avaliação incluam características como integridade, ética e cumprimento. Ou seja, se uma organização comunica que o que importa em um sistema de avaliação é a lucratividade a curto ou médio prazo, a qualquer custo, indica ao colaborador que toda ação é válida para atingir tal meta (inclusive comportamentos antiéticos ou ilegais).
No oposto, uma organização que indica que fazer a coisa certa é sua prioridade, e isso é o que se espera, reafirma seu comprometimento para a cultura de compliance. Na realidade, esse é um ponto bastante intuitivo.
As pessoas tendem a fazer aquilo pelo que receberão uma recompensa, sendo certo que os colaboradores tendem a verificar quem foi promovido e quem foi dispensado, e por quê. Assim, o uso de incentivos é uma ferramenta bastante eficaz para a efetividade. Existem algumas formas de incluir incentivos no âmbito de programas de compliance, como veremos a seguir.
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